domingo, 27 de maio de 2012

Clip das empreguetes levou nove horas para ser feito

O coreógrafo Fly com Isabelle Drummond, Leandra Leal e Taís Araújo

Nada de Beyoncé ou Lady Gaga. Desde que foi colocado na rede, no sábado passado, o clipe “Vida de empreguete” roubou todas as atenções para si. No melhor estilo pop, da autoria do compositor Quito, e com um refrão chiclete “levo vida de empreguete, eu pego às sete, fim de semana salto alto e ver no que vai dar”, ele já contabiliza mais de 4, 6 milhões de acessos. Durante a semana, alcançou fama mundial como trending topics no Twitter e foi compartilhado por atores e cantores bombando nas redes sociais.
Embora em “Cheias de charme” o vídeo de três minutos e 18 segundos tenha ares de produção caseira, filmada por Kleiton (Fábio Neppo) na base do improviso, na vida real, ele exigiu cuidados dignos de uma superprodução. Foram nove horas de gravações em estúdio e mais 30 de edição, incluindo aí a computação gráfica. Um trabalho que envolveu cuidados das equipes de produção, do figurino, da cenografia e, claro, das “empreguetes” Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond).
— Sem contar a gravação da música em estúdio (no início do mês), os ensaios das meninas, o tempo que levaram para decorar a letra. Isso dentro do ritmo normal de uma novela. Não é mole não. A gente para a produção industrial para apostar na artesanal — explica a diretora Denise Saraceni.
Ela revela que o resultado final veio de uma “salada geral”. Mas com atenção para não se distanciar do foco da trama:
— É fundamental não perdemos as personagens e a história não se esgotar no clipe.
O cenário não poderia ser mais favorável: a colorida casa de Chayene (Claudia Abreu) e toda a sua excentricidade. E para seguir o estilo extravagante que o lugar pede, garantir a originalidade da edição e fazer referências às “madames” exploradoras citadas na letra, as atrizes tiveram que se empenhar. Usaram cinco looks completos ao longo da música: robes, roupas fashion, modelitos de madame e dois uniformes, o já conhecido com as borboletas aplicadas — usado na casa de Chayene — e um estilizado, mais sexy, combinado à peruca pink estilo chanel. Sempre com saltos altos e, de preferência, com muito brilho. Os cabelos também mudam bastante e vão desde as perucas lisas com franja ao aplique com rabo de cavalo. Tudo com base na história do folhetim, “uma fábula leve, colorida e feliz”, de acordo com Gogoia Sampaio, a figurinista.
— As três brincam com a imagem da madame nojenta e com o fato de estarem virando artistas — descreve ela.
Para dar o tom pop ao vídeo, a cenógrafa May Martins trabalhou em parceria com Eduardo Feijó, o Guga, supervisor da produção de arte. A dupla lançou mão de bolas de vinil coloridas e douradas, balões de gás, globos espelhados, boás brancos, espanadores com penas coloridas, serpentinas, papel picado, três cadeiras de acrílico e cristais imitando diamantes gigantes. Fora a pirâmide de copos com líquido colorido que aparece no fim da produção.
Antes de soltarem a voz na frente das câmeras e mostrarem seu gingado para as câmeras, as atrizes tiveram aulas com o coreógrafo Fly. As inspirações foram as coreografias de Beyoncé e das Chacretes.
— Eu pensei em movimentos simples e divertidos, porque acho que a simplicidade deixou as meninas mais seguras. Nós ensaiamos três horas durante três dias — lembra o coreógrafo.

A REPORTAGEM É DO SITE EXTRA ONLINE

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