Nada de Beyoncé ou Lady Gaga. Desde que foi colocado na rede, no sábado
passado, o clipe “Vida de empreguete” roubou todas as atenções para si. No
melhor estilo pop, da autoria do compositor Quito, e com um refrão chiclete
“levo vida de empreguete, eu pego às sete, fim de semana salto alto e ver no que
vai dar”, ele já contabiliza mais de 4, 6 milhões de acessos. Durante a semana,
alcançou fama mundial como trending topics no Twitter e foi compartilhado por
atores e cantores bombando nas redes sociais.
Embora em “Cheias de charme” o vídeo de três minutos e 18 segundos tenha ares
de produção caseira, filmada por Kleiton (Fábio Neppo) na base do improviso, na
vida real, ele exigiu cuidados dignos de uma superprodução. Foram nove horas de
gravações em estúdio e mais 30 de edição, incluindo aí a computação gráfica. Um
trabalho que envolveu cuidados das equipes de produção, do figurino, da
cenografia e, claro, das “empreguetes” Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra
Leal) e Cida (Isabelle Drummond).
— Sem contar a gravação da música em estúdio (no início do mês), os ensaios
das meninas, o tempo que levaram para decorar a letra. Isso dentro do ritmo
normal de uma novela. Não é mole não. A gente para a produção industrial para
apostar na artesanal — explica a diretora Denise Saraceni.
Ela revela que o resultado final veio de uma “salada geral”. Mas com atenção
para não se distanciar do foco da trama:
— É fundamental não perdemos as personagens e a história não se esgotar no
clipe.
O cenário não poderia ser mais favorável: a colorida casa de Chayene (Claudia
Abreu) e toda a sua excentricidade. E para seguir o estilo extravagante que o
lugar pede, garantir a originalidade da edição e fazer referências às “madames”
exploradoras citadas na letra, as atrizes tiveram que se empenhar. Usaram cinco
looks completos ao longo da música: robes, roupas fashion, modelitos de madame e
dois uniformes, o já conhecido com as borboletas aplicadas — usado na casa de
Chayene — e um estilizado, mais sexy, combinado à peruca pink estilo chanel.
Sempre com saltos altos e, de preferência, com muito brilho. Os cabelos também
mudam bastante e vão desde as perucas lisas com franja ao aplique com rabo de
cavalo. Tudo com base na história do folhetim, “uma fábula leve, colorida e
feliz”, de acordo com Gogoia Sampaio, a figurinista.
— As três brincam com a imagem da madame nojenta e com o fato de estarem
virando artistas — descreve ela.
Para dar o tom pop ao vídeo, a cenógrafa May Martins trabalhou em parceria
com Eduardo Feijó, o Guga, supervisor da produção de arte. A dupla lançou mão de
bolas de vinil coloridas e douradas, balões de gás, globos espelhados, boás
brancos, espanadores com penas coloridas, serpentinas, papel picado, três
cadeiras de acrílico e cristais imitando diamantes gigantes. Fora a pirâmide de
copos com líquido colorido que aparece no fim da produção.
Antes de soltarem a voz na frente das câmeras e mostrarem seu gingado para as
câmeras, as atrizes tiveram aulas com o coreógrafo Fly. As inspirações foram as
coreografias de Beyoncé e das Chacretes.
— Eu pensei em movimentos simples e divertidos, porque acho que a
simplicidade deixou as meninas mais seguras. Nós ensaiamos três horas durante
três dias — lembra o coreógrafo.
A REPORTAGEM É DO SITE EXTRA ONLINE
Nenhum comentário:
Postar um comentário