Cleber coleciona crueldades em seu currículo. Estupros, assassinatos, armações... O vilão não poupa esforços e vontade quando o assunto é fazer o mal.
Quem precisa de uma preparação específica para este tipo de papel é o ator, que convive com seu personagem como se fosse ele mesmo e uma ótima visão de até que ponto o vilão pode ir é fundamental.
Sandro Rocha é assim. Ele sabe que o Cleber é cruel, malvado e que pode fazer de tudo para atrapalhar os planos da Turma do Bolão, de acordo com seus interesses. Mas, para o ator, a pior maldade de seu personagem foi também uma das cenas mais difíceis de fazer:
- O estupro da Andrea. É muito violento, forçar uma pessoa a ter relação sobre coação é muito ruim. Esta cena foi bem delicada, difícil de fazer.
De qualquer jeito, Sandro acredita que é inconsequente e a característica do arrependimento não é algo que ele carrega:
- Acho que ele é doente, inconsequente. Ele não tem uma característica de arrependimento. Pra ele não tem problemas, nem com relação à transmissão da AIDS. Ele é inconsequente, não sei se tem algo no passado que justifique esses atos, mas ele não se importa.
Algo a ressaltar em Cleber é o lado cômico, o vilão brinca com suas maldades, mostrando um jeito irônico, que para Sandro, é um verdadeiro presente:
- Eu acho fantástico porque é uma oportunidade de, em uma novela, em que você está num papel com uma característica sisuda, poder dar esse toque de vários personagens ao mesmo tempo. Isso é fantástico, é um presente.
Questionado sobre qual seria o castigo ideal para Cleber, o ator acha que o personagem já está começando a pagar pelos seus atos:
-Eu espero que ele se arrependa, mas é muito difícil. O castigo maior é o que ele está sofrendo no cativeiro com o Lucas, acho que vão matá-lo, não vai ter jeito. Mas para ele, ficar em uma cadeira de rodas, por exemplo, tirar a condição dele de ir e vir, seria muito ruim.
A ENTREVISTA FOI CONCEDIDA AO SITE OFICIAL DA NOVELA.
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